A portas da percepção

“If the doors of perception were cleansed everything would appear to man as it is, infinite."
William Blake

As portas da percepção, conta a história de um homem que se queria conhecer a si próprio e para além de si próprio. Tudo começa numa viagem, numa viagem pela mente…na busca de um oásis perdido no deserto, na busca de um eu que se quer ultrapassar, na procura de algo que poderá estar predestinado. A viagem começa com o perceber, que se tem uma vontade, que nos faz querer superar a nós mesmos, que nos faz querer livrar do fardo de uma existência acentuada em dogmas. Um homem percebeu que era homem, que era efémero, feito de carne e de osso e que em pó se iria transformar. Percebeu que era um ser vivo e que se assumia como tal, pela condição que tem para amar e para sentir.

“Bem e mal, alegria e dor, eu e tu – outras tantas nuvens irisadas diante dos seus

olhos criadores. O criador queria desviar o olhar de si mesmo. “

Assim Falava Zaratrusta, Friedrich Nietzche

O homem começou a perceber que afinal não há coincidências, mas sim acontecimentos sintonizados com a vida e com o universo e que a nossa percepção destas, advém da própria história.

O universo é pura energia … e ao sentir a beleza da natureza, pensou que por ali seria o seu destino. 

“…a percepção humana da energia começa por uma sensibilidade acrescida à beleza”.

A Profecia Celestina, James Redfield

Após pensar um pouco, parou para reflectir e para seguir a sua intuição. 

Pensou, pensou e descobriu que precisava de fazer uma viagem… queria abrir as portas da sua percepção…Queria deixar as sombras que o atormentavam e o impediam de se auto - conhecer.
Até que percebeu que:

“Ninguém tem necessidade de ir para qualquer outro lado. Todos nós já estamos lá; só falta sabermos que de facto assim é.”

“Podemos ser virtuosos sem sabermos quem de facto somos. Os seres que se limitam a ser bons não são seres benfazejos; limitam-se a constituir pilares da sociedade.”

A Ilha, Aldous Huxley

Assim, o homem percebeu, que o auto – conhecimento não precisa de grandes viagens, só de uma mente aberta e muita muita imaginação.

Fim