O mito do eterno retorno - parte II
A imitação do arquétipo terrestre - simbolismo do centro - em rituais e gestos profanos que se repetem em actos ab origine relativamente aos deuses, está ligado a algo metafisico, extra-terrestre, presente no cosmos, no qual a repetição desse padrão, surge como um retomar de uma acção primordial, já realizada pelos supostos deuses. A realidade neste caso, é supostamente, a imitação de um arquétipo celeste. Existem rituais próprios, que recriam esta realidade e locais específicos, designados os "centros do mundo" que estão enquadrados com essa mesma coordenada, por exemplo, os nomes dos lugares e nomes egípcios, eram atribuídos de acordo com os «campos» celestes: primeiro conheciam-se os campos celestes e depois identificavam-nos na geografia terrestre. Na índia, todas as cidades reais indianas, eram construídas pelo modelo mítico da cidade celeste, onde habitava na idade do ouro, o Soberano Univ...