Limitação animal!
Hoje acordei fixada na minha animalidade!
O simples barulho da minha respiração incomodava a minha paz de espírito!
Tal como me incomoda o barulho vindo do exterior da minha casa, ou o meu cão stressado e aos saltos de um lado para o outro quando chego a casa, ou o som do barulho das portas do comboio a fechar, crianças a gritar… sei lá, tanta coisa, que às vezes me incomoda a paz de espírito e nessas alturas a única coisa que desejo, é silêncio!
Mas hoje de manhã, o barulho que me incomodava realmente era o da minha respiração!
Por momentos, quis deixar de respirar só pelo belo prazer de não me ouvir respirar e realizar, aquele dito movimento cíclico, realizado automaticamente, desde que se nasce até supostamente morrer.
Eu não queria morrer, adoro viver e quero muito estar viva, mas por momentos, ansiei não ter de realizar esse simples movimento, não só pelo silêncio, mas também pela mecanicidade do acto.
Ainda sustive a respiração durante uns instantes, mas como preciso de ar para respirar, a opção não foi assim tão boa, apesar dos breves segundos de silêncio.
Depois, pensei no quanto o ser humano é limitado e como seria a sensação, de estar vivo e não respirar? Eu só conheço esta condição, pelo menos é a única que me lembro, mas na verdade o quanto é redutora e limitadora? Pois, nem podemos parar de respirar e continuar vivos à mesma!
A limitação animal!
Nunca tinha pensado sobre este prisma! Já que para mim a respiração, sempre foi uma forma de receber energia extra, acalmar-me, reduzir o stress, controlar indisposição etc etc…foi um momento, que sem dúvida, me conseguiu fazer reflectir numa limitação, em algo que supostamente que não é possível e ainda no quanto, podemos ainda mais reflectir sobre a nossa condição limitada enquanto seres humanos!
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