Caminhar
No outro dia lembrei-me de algo importante! Chato mas importante, até mesmo necessário de recordar, pelo menos para mim!
Por vezes existem influências, com conotação negativa e baixa, acabando inevitavelmente por influenciar o rumo de um objectivo previamente traçado. Estas influências, acabam por se manifestar numa frequência em si negativa, influenciando a conduta e toda a acção quotidiana, levando à autoanulação, de algo autoproposto pelo nosso eu, dando a sensação de estar a escalar uma parede, mas a única coisa conseguida é escavar pedra, sem atingir o cume. Como se a visão, estivesse focada a ver um filme a passar com cenas repetidas, tudo passa à sua frente e o sujeito, é um mero espectador, onde o principal objectivo desta dita onda ou nuvens de negatividade, é sugar o sujeito de simplesmente ser e chegar ao destino previamente traçado por si. Absorve -o num caos de pensamentos e emoções, à partida ausentes e não existentes sequer, podendo levar e gerar uma sensação de frustração, negatividade, medo e até mesmo auto-anulação.
Qual será a melhor forma de lidar com isto? Eu não sei se será válido para todos, mas ainda assim, achei importante registar a forma como eu encaro esta situação, para minha recordação futura!
Primeiro ponto, é identificar que a situação é externa à nossa pessoa, nada daquilo é nosso e não nos pertence. Sair daquela frequência e procurar sentir pensamentos positivos.
O Segundo ponto, veio até a mim com a seguinte imagem: imaginei-me a percorrer um caminho no meio de uma tempestade, com chuva, vento…e eu tinha um caminho para a seguir em linha recta.
A técnica, é caminhar em linha recta na tempestade, sem vergar. Pode vir vento, pode vir chuva, mas eu caminho direito, em linha recta pelo meu caminho, com o meu coração a transbordar de amor e consciente da minha condição. A viver de dentro para fora, em sintonia com a minha essência.
A Escrever, até parece mais fácil, mas também não o foi!
Um dos meus autores favoritos, escreveu algo assim num dos meus livros predilectos:
“It’s dark because you are trying too hard.
Lightly child, lightly. Learn to do everything lightly.
Yes, feel lightly even though you’re feeling deeply.
Just lightly let things happen and lightly cope with them.
I was so preposterously serious in those days, such a humorless little prig.
Lightly, lightly — it’s the best advice ever given me.
When it comes to dying even. Nothing ponderous, or portentous, or emphatic.
No rhetoric, no tremolos,
no self conscious persona putting on its celebrated imitation of Christ or Little Nell.
And of course, no theology, no metaphysics.
Just the fact of dying and the fact of the clear light. So throw away your baggage and go forward.
There are quicksands all about you, sucking at your feet,
trying to suck you down into fear and self-pity and despair.
That’s why you must walk so lightly.
Lightly my darling,
on tiptoes and no luggage,
not even a sponge bag,
completely unencumbered.”
Aldous Huxley, Island
Na realidade, é um pouco disto!
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